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27 de maio

  • Felipe Pontual
  • 28 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura




Quando comecei a pensar e planejar as ideias do Sonhei Ser Pai, minha missão era muito maior do que simplesmente fazer um diário da nossa vida com o Martin.


Eu queria poder discutir a paternidade. Aprender e compartilhar desde as dicas mais básicas daquela troca de fraldas na madrugada até poder trazer à tona assuntos que nem sempre são muito falados. Falar sobre a real participação do pai, e sobre como o meu sonho de ser pai me desperta a cada dia uma nova visão de paternidade que infelizmente eu tenho de confessar que, como sociedade, ainda estamos anos-luz de distância.



E aí percebi que a cada texto um ponto em comum está sempre enraizado nas minhas palavras: o amor e o orgulho que sinto a cada minuto pela minha mulher. A mulher que eu conheci há dez anos e que hoje eu posso encher o peito e a boca para chamar de a mãe do meu filho. Ver a gente como pais do Martin é a concretização de um sonho. Vê-la como mãe, a demonstração de que tudo pode ser ainda melhor do que sonhamos.


Dia 27 de maio de 2016, nem tão longe assim, a gente se casava. No mato, com muita música e amor, do jeito que a gente sempre imaginou. No discurso já era difícil segurar o próximo desejo: “Que venha a Tetê, que venha os outros filhos...”, eu disse, só trocando a Tetê pelo Tintin, irmão que ainda não tinha nome, mas fez questão de ser mais rápido.


Dia 27 de maio de 2017, menos longe ainda, a gente comemorava esse 1 ano de casado. Do jeito que a gente gosta, cheio de gente junto, e a melhor notícia de nossas vidas veio bem no meio da festança. (já viu meu texto sobre a descoberta? Clica aqui!)


De lá pra cá a montanha russa acelerou, virou de ponta cabeça e não parou de dar voltas. Dias que parecem cada vez mais distantes; tempo que parece que passou rápido demais. De repente tem um garotinho de 60 centímetros deitado no meio da gente, abençoando cada momento da vida e nos lembrando o gostinho das emoções que sentimos em cada um dos 27 de maio.


Hoje ela me dá bronca que eu não ando escrevendo muito. E com propriedade, afinal não existiria aquele papo dos primeiros parágrafos se não fosse ela. O mundo é cruel quando faz questão de me lembrar que, no fundo, o tempo que tenho com eles é injusto demais. Eu quero poder parar e respirar pra não perder nenhum olhar entre os dois e nenhum abraço entre os três. Mas agora o desafio é viver assumindo que o tempo não para, e que aqueles momentos em que eu só queria ficar olhando os dois não são eternos.


Com razões de sobra hoje o destaque não é nem para o diário da nossa vida com o Martin, nem para as minhas ideias sobre a paternidade real e ativa. Hoje todo o meu amor é da responsável por tudo isso. Minha melhor amiga, namorada, mulher, mãe, que como ninguém sempre soube me levar e elevar como ninguém, e que agora me faz o homem mais feliz do mundo por saber que os nossos filhos terão o mesmo amor, não importa quantos 27 de maio passem.


<3





 
 
 

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